De 175 milhões de viagens de turismo realizadas em 2009 dentro do Brasil, 10%, ou 17,5 milhões, são para Minas Gerais. Os dados da Pesquisa de Demanda Doméstica, realizada pelo Ministério do Turismo, colocam o Estado como o segundo destino mais procurado turisticamente. São Paulo, primeiro colocado no ranking, recebe 47,25 milhões de viagens (27% do total), e o Rio de Janeiro, visto por muitos como um estado com grande atrativo turístico, recebe 9% do total de viagens – 15,75 milhões.
A capital mineira também fica em posição de destaque. De acordo com os índices do Ministério, Belo Horizonte é a quarta cidade mais procurada, perdendo para a capital paulista, o Rio de Janeiro e Brasília. A informação foi dada nesta segunda-feira (18) pelo diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério, José Francisco de Sales Lopes, que esteve em Belo Horizonte para o lançamento da nova marca turística de BH.
“O turismo de negócios é importante. Eventos estão em segundo lugar. E nós somos um polo de atração para a distribuição de turismo de lazer, porque temos turismo cultural e histórico. E mesmo para aqueles que gostam da gastronomia e tudo mais, Belo Horizonte é muito importante”, destacou José Francisco.
Os bons resultados também trazem rendimentos para o Estado e para a cidade. O total alcançado com o turismo no país é de R$ 35 bilhões. Sendo a segunda colocada, Minas Gerais consegue arrecadar R$ 3,5 bilhões (10%).
As cidades históricas e estâncias termais são os pontos turísticos mais procurados. A capital mineira também se destaca, segundo o representante do Ministério do Turismo, por estar próxima a pontos turísticos. “Quem vem visitar outros locais acaba ficando uns dois dias na cidade, conhecendo os pontos culturais e históricos”, contou o diretor.
Para atrair ainda mais os turistas e fazer com que a capital seja bem conhecida no país e no mundo, foi lançado na segunda-feira, na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) um símbolo turístico.
Criado pela empresa Perfil Publicidade, a marca tem como base a Igreja de São Francisco, conhecida como igrejinha da Pampulha, um dos primeiros trabalhos de Oscar Niemeyer. Além disso, traz um triângulo vermelho, alusivo à bandeira de Minas Gerais e um traço que se refere à Serra do Curral. “Esperamos que a marca possa posicionar Belo Horizonte fora daqui, no resto do país e no mundo todo”, afirmou o presidente da Belotur, Júlio Pires.
“Nós resolvemos desenvolver uma identidade cultural que tem a ver com Belo Horizonte. Eu acho que tem importância no sentido de reforçar nosso sentimento belo-horizontino”, disse o prefeito da capital, Marcio Lacerda.
A marca também poderá ser usada, juntamente com a que foi criada pela Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa), para a Copa do Mundo de 2014. A entidade criou uma única marca para todas as capitais que serão sede do evento.
José Francisco considerou importante a criação da marca, mas lembrou que, antes de pensar na Copa, é importante definir atrativos para os turistas. “A cidade é extremamente importante sobre o aspecto cultural, sobre grandes eventos. É a cidade dos parques municipais, que são muitos e que precisam ser divulgados para serem visitados”.
